segunda-feira, 6 de março de 2017

STOP A MUTILAÇÃO GENITAIS DE NOSSAS MENINAS

Em algumas tribos africanas, eles AINDA praticavam a mutilação genital feminina, que consiste em remover a maioria ou apenas uma parte dos genitais femininos das mulheres. Atualmente é considerado uma tradição cruel, mas existem aqueles que a defendem como uma prática cultural específica. um ato de extrema violência que compromete o futuro de milhões de crianças.

A Mutilação Genital Feminina é um costume sócio-cultural que causa danos físicos e psicológicos irreversíveis, e ainda, é responsável por mortes de meninas. Pode variar de brandamente dolorosa a horripilante, e pode envolver a remoção com instrumentos de corte inapropriados (faca, caco de vidro ou navalha) não esterilizados e raramente com anestesia. Viola o direito de toda jovem de desenvolver-se psicossexualmente de um modo saudável e normal. E, devido ao fluxo de imigrantes da África e do Médio Oriente na Austrália, no Canadá, nos EUA e na Europa, esta mutilação de mulheres está se tornando uma questão de Saúde Pública. Algo que não se deve desconsiderar são os custos do tratamento contínuo das complicações físicas resultantes e os danos psicológicos permanentes. Têm-se promulgado leis para ilegalizar e criminalizar esse costume. Embora muitos códigos penais não mencionem diretamente os termos Circuncisão Feminina ou Mutilação Genital Feminina, é perfeitamente enquadrado como uma forma de "abuso grave de criança e de lesão corporal qualificada". Vários organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), têm envidado esforços para desencorajar a prática da mutilação genital feminina. A Convenção sobre os Direitos da Criança, assinada em Setembro de 1990, considera-a um ato de tortura e abuso sexual.

Problemática sócio-cultural

A Mutilação Genital Feminina é considerado no mundo ocidental um dos grandes horrores do continente africano. A sua prática está cercada de silêncios e é vivida em segredo. Manifestar-se contra esse costume é difícil e, às vezes, perigoso para mulheres ou homens que se opõem. Em muitos casos, são acusados de ser contra as tradições ancestrais - dos valores familiares, tribais, e mesmo de rejeitar seu próprio povo e sua identidade cultural.
Milhões de pessoas bem intencionadas são desinformadas o que as levam a crer que a Mutilação Genital Feminina é benéfica. A educação sexual e o diálogo são a única maneira de realmente combater os conceitos errados e a superstição. Para a cultura ocidental uma forma de mudar esta mentalidade é educar as mulheres mais velhas que perpetuam esse costume, bem como dos homens mostrando os danos físicos e psicológicos. Outro motivo da continuação desse ritual é que é uma importante fonte de rendimento para os que a realizam. Mesmo quando médicos a realizam em algumas clínicas, na tentativa de evitar que as meninas sofram os riscos e traumas resultantes de ablações anti-higiénicas e sem anestesia, todavia, ainda assim para o ocidente considera-se que se trata de mutilação.

Tradição baseada em conceitos culturais

Em muitas culturas, desde os países da África e da Ásia, as pessoas acreditam que a mutilação genital feminina está certa. Os pais, principalmente a mãe e a avó, têm voto na matéria. Elas acreditam que, se a jovem não for "cortada", nunca irá arranjar um marido. Esta prática é uma condição prévia do casamento. Se uma mulher não for mutilada pensa-se que ela não é pura e encaram-na como prostituta. Como penitência, ela é excluídas da sua própria sociedade. Algumas razões são apontadas para a realização da MGF: assegurar a castidade da mulher, assegurar a preservação da virgindade até ao casamento, por razões de higiene, estéticas ou de saúde. Também se pensa que uma mulher não circuncidada não será capaz de dar à luz, ou que o conta(c)to com o clitóris é fatal à criança, e ainda, que melhora a fertilidade da mulher.

Legislação

  • Guiné-Bissau – Em meados de 2011 foi aprovada pelo parlamento guineense uma lei, proibindo e criminalizando a prática da mutilação genital feminina
  • Gâmbia – Logo após (2015) o País decretar a Sharia Islâmica como sistema governamental torna a pratica proibida.
  • Colômbia – A morte consequente de mutilação genital foi contemplada pela lei do feminicídio, de 2015

Ótima notícia: África diz NÃO à mutilação genital feminina

O problema da mutilação genital feminina é a conscientização, e muitas pessoas ainda pensam que esta é uma prática necessária para que as meninas sejam aceitas em suas comunidades.
O Parlamento Africano chegou a um acordo para proibir esta prática ritual, trágica e discriminatória.
A África disse não à mutilação genital feminina.

A mutilação genital feminina, um drama com vítimas demais

A mutilação genital feminina não é um problema exclusivo da África. A extirpação do clitóris está presente também em praticamente todos os países muçulmanos do continente asiático.
As comunidades curdas, assim como o Afeganistão, Tajiquistão, Brunei, Malásia e Indonésia também a praticam. Nestes países é realizado o tipo mais radical de mutilação: a infibulação, que consiste na extirpação do clitóris e dos lábios maiores e menores.
Sabemos que é uma batalha que ainda não foi vencida. Sabemos também que este grande passo dado na África é, no momento, um acordo de intenções que ainda deve ser formalizado.
Porque no dia de hoje só contamos com uma proposta que ainda não se transformou em uma lei.
No entanto, como falamos, é um grande passo diante de um drama que já cobrou vítimas demais.